segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minhas Primeiras Histórias com Leitura e Escrita

Depoimento:(Milena Umbelino Carlotti)
Minha história no mundo da leitura foi quando aprendia a ler, comecei a ler tudo que via na rua....principalmente outdoor.. gostava muito. E aos sete anos comecei a ler contos infantis e muita história em quadrinhos da Turma da Mônica..Lembro que minha mãe comprava muito para que pudesse ficar lendo.
Mas meu primeiro livro foi " Meu livro de Histórias Bíblicas", visto eu ter desde pequena uma formação religiosa bem presente. Neste livro conta a história de nossos primeiros pais Adão e Eva e de como se deu toda sua linhagem e também de outros personagens da Bíblia e o que fizeram de bom e ruim. Minha mãe lia comigo todos os dias.
Meu pais tinham muita preocupação com minha leitura, pois eu sempre trocava o "b" pelo "p". Minha mãe sempre fazia tarefas comigo e quando tinha provas de história, ela fazia eu ler muitas vezes os textos no livro didático para que eu pudesse ver as diferenças e isso ajudava muito para que eu pudesse ler bem e fazer as interpretações corretamente do texto.
Depois que esta faze passou, já no Ensino Médio, para o vestibular, a escola que eu estudava tinha uma grande preocupação de integrar o aluno em um programa de Leituras. Foi aí, que passei fazer leituras de livros que eram cobrados em vestibular, como: "Memórias de um Sargento de Milícias", "O Cortiço", " O Guarani", "Ana e Pedro, cartas", "Vidas Secas", " Morte e Vida Severina", " O Auto da Barca do Inferno", etc...
Lendo estes livros pude notar com relação a leitura e escrita que assim como andar se aprende andando, a experiência mostra que ler só se aprende lendo.
Lendo nós aprendemos não só a ler, mas também a escrever, pois é impossível escrever bem sem ler bem.
Hoje atualmente, leio bastante as revistas A Sentinela e Despertai, que traz assuntos variados e de Ciências também.


Depoimento:(Nelci Aparecida dos Santos Aguiar)
Ontem vendo minha filha de 7 anos tentando ler um livrinho, recordei-me de quando eu era  criança, sonhava em aprender a ler e escrever.Recordo-me que antes de entrar na escola, já folheava os livros dos meus irmãos, e ficava olhando os desenhos e imaginando as falas entre os personagens, inventando em alto e bom tom o que estava escrito ali e fazia de conta que estava lendo. Os rabiscos em folhas queriam dizer alguma coisa, contar alguma história.No meu caso, acredito ter sido na escola, as primeiras influências com relação à leitura. Fui alfabetizada pela cartilha Caminho Suave, minha maior emoção foi quando consegui juntar as letrinhas e formar as palavras. Quando fui alfabetizada, que alegria, a leitura passou a fazer parte da minha vida, através dos livros viajava a lugares nunca imaginados por mim e fazia parte das histórias de forma tão real que tudo parecia de verdade.Quando penso num primeiro livro, logo me vem à mente A Ilha Perdida, que fascinante, queria devorar o livro! Com o tempo, os professores começaram a cobrar a leitura de clássicos brasileiros, e o fato é que, mesmo em meio a essas leituras forçadas de Machado de Assis,  José de Alencar, entre outros eu ia descobrindo novos universos, traduções e espelhos para meus próprios sentimentos. Lembro-me da minha professora de português do colegial, falando de Iracema, a virgem dos lábios de mel. “Com tanta emoção”, que fiquei curiosa em saber sobre o livro e comecei a ler.Lembro-me também que na escola Manoel Lobo onde estudei o colegial, no final de cada ano letivo tinha a noite de autógrafos onde as melhores redações feitas pelos alunos eram publicadas em um livro, e algumas redações minhas foram publicadas. Depois surgiram, coisas ainda mais excitantes para a minha adolescência, como o livro Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada e Prostituída (Rieck, Kai Hermannelsch) e Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, uma história real e com uma pitada de bom humor. Dizem que pais leitores formam filhos leitores, mas comigo foi  diferente; meus pais tiveram pouco estudo, eram humildes, moravam no sítio e não tinham hábito de ler.Acredito que minha motivação para a leitura tenha vindo mesmo das minhas professoras que sempre faziam aquela propaganda dos livros. Por isso procuro fazer o mesmo com os alunos da escola onde trabalho. Procuro sempre ler para os meus filhos, e procuro de várias formas incentivá-los para que tenham o hábito da leitura. Certa de que a leitura nos traz  enriquecimento e uma ampliação de conhecimentos, possibilitando uma perspectiva de vida diferente, continuarei sonhando criando, iluminando minha alma como leitora assídua deste mundo.

Depoimento:(Aparecida Inácio P. Molina)
A minha primeira experiência com a leitura foi com 10 anos, estava na 5ª série e o professor indicou aos alunos alguns títulos do escritor Machado de Assis. Lembro que me encantei pela bela moça que estava na capa e que continha o título de Helena.A história de Helena me marcou, pois além de ser uma história de amor que não deu certo, o que era muito comum nas histórias românticas da época (pois para ser bonita tinha que não dar certo), além da escrita de Machado conter muitas peculiaridades.Uma experiência que tive com leitura que não foi boa aconteceu quando cursava a 7ª serie, era uma aula de Português, onde o professor escolhia algum aluno para leitura. Todos os alunos tinham medo dele, pois ele não tinha jeito com os alunos, gritava, exigia mais do que o aluno conseguia, por isso todos tinham medo dele.Em uma aula de leitura ele me escolheu para ler um pequeno texto, como todos tinham medo dele, li o texto em voz alta para os meus colegas engasgando, e isso ele não admitia, então aconteceu dele se exaltar e gritar comigo dizendo: “Leia direito”!Foi então que muito nervosa não consegui ler o texto, além de ter adquirido naquele momento um trauma que me levou a ficar sem fala durante 15 dias.Acredito que essa minha experiência seja importante para demonstrar para todos os colegas como as crianças são sensíveis nessa época da vida, e o quanto precisam de um professor que entenda e tenha paciência ao ensinar qualquer tipo de atividade em que tenham dificuldade, no caso da leitura, a forma de ensinar influência sobremaneira às crianças adquirirem gosto ou não pelos livros.             


Um comentário:

  1. Gostei muito das histórias das minhas colegas de grupo.. realmente o incentivo deve ser de nós professores para a leitura de livros para nossos alunos. E aqueles que já lemos dar, o enfoque correto para despertar o interesse neles e com muita paciência, o que é muito difícil nos nossos dias! mas tudo em nome da construção do conhecimento deles.

    ResponderExcluir